Inteligência emocional refere-se à capacidade de compreender os sentimentos de si mesmo e de outras pessoas e lidar com eles de uma forma saudável. É um conceito da Psicologia que pressupõe a consciência do indivíduo sobre seus pensamentos, sentimentos e ações.
A primeira vez que me deparei com o termo inteligência emocional fiquei intrigadíssima. Isso porque nesse momento, meu conhecimento acerca das minhas emoções era pouquíssimo desenvolvido. Não sabia identificar minhas emoções. Lembro bem que um dia cheguei no consultório da minha psicanalista e disse “eu não sinto raiva”. Ela riu. E quando ela riu de mim, eu senti raiva. É claro que eu sentia raiva, só não sabia ainda identificar minhas emoções.
Entendi, por conta de um contato maior com a psicologia, com o desenvolvimento pessoal com a PNL (Programação Neurolinguística) que aprender a reconhecer e avaliar os sentimentos era algo valioso porque, a partir disso, é possível trabalhar vários aspectos das nossas vidas. E, em consequência do ganho que esses aprendizados trouxeram para mim, resolvi compartilhar eles contigo. A inteligência emocional tem alguns pilares.
Pilares da Inteligência Emocional:
Perceber as principais emoções: medo, tristeza, raiva ou alegria
Perceber a si mesma requer atenção e compaixão. Atenção porque é preciso estar no momento presente. É importante exercitar a observação dentro de nós. Observar sem se identificar. Esse é o grande desafio. E ter compaixão porque, só ao acolhermos aquilo que estamos sentindo, somos capazes de trabalhar com o que temos no momento. Negar sentimentos não faz com que sumam, faz com que se tornem muito mais difíceis de lidar.
É importante ter consciência do seguinte: o estado emocional é meu, é de minha responsabilidade. Portanto, vamos para o próximo pilar: como vou lidar com o que tenho aqui agora?
Saber lidar com as principais emoções
Ou seja, saber acessar o lado positivo de cada uma das emoções. Por exemplo, o medo tem o lado negativo que é a paralisia, assim como o lado positivo, que tem a ver com superação de obstáculos, com montar um plano de ação para resolver algo. Então, a partir da percepção do medo, tu pode se perguntar: o que posso fazer de útil com o medo? E agir com consciência a partir disso.
Outro exemplo é a raiva. O lado negativo da raiva é a briga, as discussões que não levam a nada, a violência. Enquanto o lado positivo consiste em utilizar a raiva como propulsora para colocar criações no mundo. Então, tu pode se perguntar: como posso utilizar a energia da raiva? O que posso movimentar a partir dessa energia? E, da mesma forma, agir com consciência a partir disso.
Reconhecer as emoções das outras pessoas
É claro que ter uma compreensão acerca das tuas emoções é um passo significativo para lidar melhor com as questões práticas e subjetivas do dia a dia. E, além disso, a compreensão das emoções das outras pessoas, eleva o nível de conexão entre vocês e melhora os teus relacionamentos. Isso requer empatia.
Fazer o exercício de empatia significa se colocar ao lado de outra pessoa, colocar as “lentes” dela. Ou seja, buscar enxergar as coisas do ângulo que ela está enxergando. Refiro-me aqui, à colocar-se o mais próximo possível da forma como o outro se sente para então compreender suas emoções e conseguir acolhê-las, no sentido de considerar as emoções do outro. Agora, é preciso ter prudência porque reconhecer as emoções do outro não significa que tu deva se identificar com elas. É importante manter uma “distância de segurança”, eu diria. O que nos leva para o próximo pilar.
Separar as emoções dos outros das suas
Manter uma distância de segurança é não se deixar afetar pelo estado emocional alheio. E isso requer um nível de consciência (o que é perfeitamente exercitável!). Dessa forma, faz necessário que, com frequência, tu te volte ao teu centro e mentalize “isso não é meu, é do outro”.
Tomando cada vez mais consciência das tuas emoções, das emoções das outras pessoas e de como é possível manejá-las, utilizá-las com sabedoria, com consciência, a tendência é que tu te sinta muito mais confiante para lidar com as situações do dia a dia e com as diferentes áreas da tua vida. E, em consequência disso, eis a melhor notícia: Esse é um caminho de desenvolvimento, um caminho sem volta. Uma vez tendo conseguido agir com inteligência emocional, ninguém te tira esse aprendizado
Bora praticar? Me conta aqui nos comentários: esse conteúdo foi útil para ti?
Um beijo! ❤
Bruna Pinheiro
Curandeiras de Nós 